Browsing by Issue Date, starting with "2019-07-29"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Neurobehavioural and molecular mechanisms of social learning in zebrafishPublication . Pinho, Júlia Sabrina Ferreira de; Oliveira, Rui FilipeOs animais utilizam informação social e não social para tomarem decisões adaptativas que tem impacto no seu fitness. O uso de informação social traz vantagens como escapar a um predador, encontrar fontes de comida ou evitar lutas com indivíduos mais fortes, apenas por observação dos seus conspecíficos ou produtos relacionados com eles. A aprendizagem social ocorre quando os indivíduos observam o comportamento de outros ou as suas consequências para modificar o seu próprio comportamento. Esta estratégia comportamental é conservada entre espécies: os grilos, Nemobius sylvestris, adaptam o seu comportamento para evitar um predador depois de observar o comportamento de outros e mantem essas mudanças comportamentais, duradouramente, mesmo apos os demonstradores não estarem presentes; as abelhas operárias, Apis Mellifera, apresentam uma série de comportamentos motores estereotipados que informam outras operárias da localização precisa de uma fonte de comida. Os mecanismos neuronais da aprendizagem social não estão claramente compreendidos, e são o centro de debate nesta área de investigação. Alguns autores hipotetizam que os mecanismos neurais da aprendizagem social são partilhados, e outros autores defendem que a aprendizagem social é um domínio geral presente até em espécies solitárias. O principal objetivo deste trabalho é clarificar os mecanismos subjacentes a aprendizagem social e não social. Este trabalho subdivide-se em dois capítulos experimentais: o capítulo II, onde procuramos os circuitos neurais do condicionamento observado com um estímulo social ou não social; e capitulo III, no qual a eficácia de estímulos sociais químicos e visuais é testada num paradigma de condicionamento aversivo. Em ambos os capítulos, um gene de ativação imediata são usados como marcadores de atividade neuronal: no capítulo II utilizando a expressão de c-fos, por hibridação insitu, para mapear as regiões do cérebro recrutadas em aprendizagem social e não social; e no capítulo III, a reação quantitativa em cadeia da polimerase foi utilizada numa abordagem com genes e regiões do cérebro candidatas para perceber o envolvimento do sistema olfativo em aprendizagem social olfativa. No capítulo II, nós demonstramos que a aprendizagem social (SL) recruta diferentes regiões do cérebro quando comparada com a aprendizagem não social (AL): SL aumenta a expressão de c-fos nos bulbos olfativos, na zona ventral da área telencefálica ventral, na habénula ventral, no tálamo ventromedial e a AL diminui a expressão de c-fos na habénula dorsal e no núcleo tubercular anterior. Alem disso, conjuntos diferenciais de regiões cerebrais aparecem associados a aprendizagem social e não social depois de uma análise funcional da conectividade entre as regiões do cérebro. No capítulo III, nós mostramos que pistas sociais visuais, como a observação de um conspecífico a exibir uma resposta de alarme, não é eficaz como um estimulo não condicionado (US), mas pistas sociais olfativas, como substância de alarme, foi altamente eficiente como US em aprendizagem aversiva. Além disso, identificamos os bulbos olfativos como uma área do cérebro essencial para condicionamento observado olfativo. Uma análise funcional da coesão e conectividade dos núcleos do cérebro envolvidos em processamento olfativo mostraram uma rede apurada para condicionamento observado olfativo. Em resumo, a presente tese elucida o debate nesta área de investigação sobre os mecanismos da aprendizagem social. Este trabalho clarifica que ao nível comportamental a aprendizagem social requer um domínio geral e ao nível neuronal é necessária uma rede modular que permite a computação em simultâneo de várias informações com diferentes níveis de complexidade.
- Microanálise de processo de mudança em psicoterapia: intervenções terapêuticas em momentos de experiencing elevadaPublication . Militão, Cláudia Sofia Pereira; Pires, António Augusto PazoA Experiencing Scale é uma medida de processo extensamente estudada e solidamente validada, sendo transversal a uma diversidade de formatos e modalidades teóricas. Desde a última revisão, realizada por Hendricks em 2002, não voltou a ser feito um levantamento dos estudos que utilizaram esta escala. Objetivo: Efetuar uma revisão sistemática da literatura dos estudos publicados desde 2002 a 2018 que utilizam a Experiencing Scale. Método: Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados eletrónicas (PsycInfo, PsycArticles, PEP, Psychology and Behavioral Sciences Collection e Academic Search Complete) com as palavras-chave Experiencing Scale, Experiencing, Process, Psychotherapy. Resultados: Foram encontrados vinte e quatro estudos no total, dos quais dez são referentes ao tratamento da depressão, oito à terapia de casal e seis ao tratamento de diferentes categorias de diagnóstico em contexto terapêutico diversificado. Conclusões: A maioria dos estudos consolida o carácter desta escala, como indicadora de um bom processo terapêutico, sustentando a relação entre valores elevados de EXP e o sucesso da terapia. Os estudos incluídos na revisão de Hendricks (2002) consideram essencialmente a relação Experiencing – resultado terapêutico. Os artigos mais recentes, apesar de ainda avaliarem esta relação, assumem-na na maioria das vezes, considerando que valores elevados de EXP estão associados à mudança positiva em psicoterapia.