Browsing by Author "Miranda, Victoria Franzi Secanechia"
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- A Ideação suicida no enlutado: identificação da prevalência e evolução da ideação suicida no luto Pré e Pós-morte em cuidadores familiares de doentes acompanhados em cuidados paliativosPublication . Miranda, Victoria Franzi Secanechia; Coelho, Manuela Alexandra de MouraIntrodução: Há evidência de que a experiência de ser um cuidador familiar de um paciente acompanhado em cuidados paliativos é um grande stressor com consequências físicas, emocionais e psicológicas. Um dos sintomas relacionados ao luto experienciado antes da morte do paciente (Luto Antecipatório) e ao luto pós-morte, é a ideação suicida. Não há registros de estudos realizados sobre a comparação da ideação suicida do cuidador entre os momentos pré e pós-morte do paciente acompanhado em cuidados paliativos, sendo essencial mais estudos a explorar esta temática e possibilidades de suporte psicológico de caráter preventivo. Objetivo: Verificar a prevalência e evolução da ideação suicida nos cuidadores de pacientes acompanhados em cuidados paliativos entre os momentos pré e pós-morte, além de identificar em qual medida a Perturbação de Luto Prolongado, depressão, ansiedade, somatização e a sobrecarga do cuidador impactam na ideação suicida. Método: Foi realizado um estudo coorte, de desenho longitudinal prospectivo com avaliação na fase pré-morte (T1) e follow-up 6-12 meses após a morte (T2) numa amostra de 155 cuidadores com a aplicação dos instrumentos: Zarit Burden Interview, Sub-escalas de Depressão e Ansiedade e Somatização do BSI (Brief Symptom Inventory-18), PG-13 (Prolonged Grief Disorder Questionnaire) e PG-12 (Prolonged Grief Disorder Questionnaire-Pre-Death). Resultados: Participantes em T1 (n=155) foram majoritariamente mulheres portuguesas de etnia caucasiana, casadas e filhas do paciente em cuidados paliativos, com média de idade de 51,77 anos (DP=12,42). Em T2, a amostra contou com 73 participantes. A prevalência da ideação manteve-se em T2 da mesma forma que em T1 para os ideadores (66,6%) e não ideadores (86%). A evolução da ideação suicida manteve-se igual na maior parte dos níveis estudados (86% “nunca”, 71,4% “algumas vezes” e 50% “muitas vezes”). A depressão teve um impacto significativo e positivo na ideação suicida em T1 (p<.001;B=.781) e em T2 (p<.001;B=.638). Os scores dos questionários sobre a PLP obtiveram diferenças significativas entre os grupos no PG-12 (p<.05) e no PG-13 (p<.001) com scores maiores nos participantes com maior índice de ideação suicida. Discussão: Estes resultados contribuem para uma melhor identificação e rastreio da ideação suicida em cuidadores familiares, permitindo um tratamento precoce a fim de evitar maior sofrimento desta população.