Browsing by Author "Lopes, Rita Freire"
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- Efeitos individuais e familiares em crimes : abuso sexual, violência conjugal e homicídioPublication . Lopes, Rita Freire; Pereira, Maria GouveiaResumo: Entre as diversas explicações sobre o crime e a delinquência a família ocupa um lugar de eleição. Para além da literatura demonstrar que a família assume um papel crucial, existem outros autores que nos dão conhecimento da Teoria Geral do Crime, que pretende explicar que o autocontrolo é a variável central na delinquência e no comportamento criminal em geral. Ainda, outros investigadores evidenciam também que a falta de aprendizagem de um repertório emocional adequado, nomeadamente a inteligência emocional, pode estar associada à origem do comportamento criminal. Assim, este trabalho tem como objetivo analisar se existem diferenças ao nível do funcionamento familiar (rácio total, coesão, flexibilidade e comunicação), do autocontrolo e da inteligência emocional em função de três crimes: abuso sexual, violência conjugal e homicídio. Participaram 92 sujeitos, reclusos, do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 20 e os 73 anos de idade. Os resultados mostram que os participantes, independentemente do tipo de crime, têm uma perceção semelhante sobre o funcionamento familiar, ou seja, não existem diferenças ao nível da coesão e da flexibilidade. Contudo, no que se refere à comunicação na família, os abusadores sexuais apresentam indicadores comunicativos inferiores. Relativamente à expressão emocional e à capacidade para lidar com as emoções também foram os abusadores sexuais que apresentaram maiores défices emocionais. Foram igualmente os abusadores sexuais que apresentaram maiores níveis de autocontrolo. Limitações e implicações práticas e teóricas deste estudo são discutidas com base na literatura.
- O funcionamento familiar, a inteligência emocional e o autocontrolo nos crimes de abuso sexual, violência doméstica e homicídioPublication . Lopes, Rita Freire; Pereira, Maria GouveiaO crime é visto como um comportamento que satisfaz universalmente os desejos humanos (Gottfredson & Hirschi, 1990). Entre os elementos que podem explicar a carreira delinquente de um indivíduo, a família ocupa um lugar de eleição (Born, 2005). Mayer e Salovey (1997), indicam que a falta de aprendizagem de um repertório emocional adequado, que constitui a inteligência emocional, pode, por vezes, estar associado à origem do comportamento desviante. Na perspetiva de Gottfredson e Hirschi (1990), através da Teoria Geral do Crime, pretende-se explicar todos os tipos de crime, em todos os contextos e diferentes fases da vida, assumindo que o autocontrolo é o cerne do comportamento desviante. Assim, este trabalho foi realizado com o objetivo de explorar a relação entre o funcionamento familiar, a inteligência emocional e o autocontrolo em sujeitos condenados pelos crimes de abuso sexual, violência doméstica e homicídio, esperandose encontrar diferenças significativas entre as tipologias de crime nas variáveis estudadas. Para tal, contámos com 92 participantes, reclusos, do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 20 e os 73 anos de idade. Os resultados demonstram que os participantes têm uma percepção semelhante da forma como se organizam as suas famílias, excepto na comunicação, onde os abusadores sexuais reportam maiores dificuldades comunicativas. Ao nível da expressão emocional e capacidade para lidar com as emoções, foram encontradas diferenças significativas, onde os abusadores sexuais apresentaram maiores défices emocionais. No autocontrolo, foram encontradas diferenças entre os abusadores sexuais e os homicidas, onde os primeiros apresentaram maiores níveis de autocontrolo. Limitações e implicações práticas e teóricas deste estudo são discutidas com base na literatura.