Browsing by Author "Costa, Joana Santos"
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- Conformismo em situação de crisePublication . Costa, Joana Santos; Garcia-Marques, TeresaO conformismo tem vindo a ser considerado por alguns académicos como um conceito proeminente para explicar o modo como os pensamentos, comportamentos e crenças das pessoas afectam os pensamentos, comportamentos e crenças de outras predominantemente em condições nas quais o estímulo é fonte de incerteza (Crawford 1992; Deutsch & Gerard 1955; Sherif 1936; Tang 2001). O comportamento conformista é o de reproduzir os membros do grupo de pertença feito através de pistas que aumentam a consistência e minimizam a saliência de incerteza. A resposta tendencial para o conformismo parece ocorrer deforma automática e involuntária (Bargh & Chartrand 1994). Situações de “terror” têm sido associadas à promoção de incerteza, provocando um aumento da resposta conformista. Aqui focamos a situação actual de crise como associadas à mesma dimensão. Utilizamos um delineamento experimental que operacionaliza a saliência de crise como saliência de incerteza. Neste trabalho, promoveu-se a saliência de incerteza através da primação semântica do contexto real que é o da actual crise económica, comparando-o com uma condição onde nada se primava ou se primava o contexto de férias. Prevê-se que existem diferenças entre as condições experimentais crise e grupo de controlo férias, promovendo o contexto de crise mais conformismo do que os outros contextos. Controla-se o efeito destas manipulações no estado de espírito dos participantes com vista a compreender o seu possível papel mediador (Alquist, Aisworth e Baumeister, 2013 & Baumeister, Vohs, Dewall e Zhang, 2007). Os nossos resultados apoiam as hipóteses iniciais sendo os participantes da condição factual de incerteza activados pelo contexto de crise, os que revelaram índices mais elevados de conformismo relativamente aos participantes das condições férias e da condição neutra em que nada é dito. Apesar de as manipulações terem efeito sobre o estado de espírito dos participantes, este não teve um papel mediador do efeito. A hipótese de que o estado de espírito poderia induzir conformismo não foi apoiada.