Browsing by Author "Coelho, Vera"
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- A experiência do bebé na creche : perceções de mães e de educadoras no período de transição do contexto familiar para a crechePublication . Grande, Catarina Rodrigues; Nunes, Inês Brandão; Coelho, Vera; Cadima, Joana; Barros, SílviaA transição do bebé para a creche constitui um processo crítico e complexo para os profissionais das creches, as famílias e as crianças, que experienciam a separação dos pais e a adaptação a um novo espaço, a novas rotinas e a novas pessoas com quem passam a interagir (Datler, Ereky-Stevens, Hover- Reisner, & LarsErik Malmberg, 2012). Assim, uma transição cuidadosamente planificada deve ser integrada no funcionamento global da creche procurando identificar fatores que influenciam a adaptação do bebé ao novo contexto e fatores que promovam a continuidade de práticas e rotinas entre o contexto de creche e o contexto familiar (Peixoto, Coelho, Pinto, Cadima, Barros, & Pessanha, 2014). Este estudo visa contribuir para a compreensão da experiência do bebé no período de transição do ambiente familiar para a creche, analisando a perceção das mães e das educadoras acerca do estado emocional do bebé, da manutenção das rotinas e da comunicação família-creche nesse período. Mães e educadoras de 90 bebés da Grande Área Metropolitana do Porto responderam ao Questionário de Experiência na Creche (Skouteris & Dissanayake, 2001), na primeira e na quarta semana de frequência da creche. A perceção das mães e educadoras acerca do estado emocional dos bebés, da manutenção das rotinas e comunicação família-creche foi positiva, verificando-se perceções mais positivas das educadoras relativamente ao estado emocional e à comunicação família-creche. Da primeira para a quarta semana registou-se (a) uma avaliação mais positiva do estado emocional dos bebés, percebido pelas mães e educadoras; e (b) uma diminuição da frequência da comunicação. Adicionalmente, os resultados indicam que um estado emocional dos bebés mais positivo parece estar associado a uma maior frequência de comunicação entre a família e creche, relatada pelas educadoras. Foi ainda verificado que as crianças que permanecem menos tempo na creche na primeira semana são as que apresentam um estado emocional mais positivo na quarta semana, de acordo com a perceção das educadoras. Este estudo parece sublinhar o cuidado das famílias e educadores na transição dos bebés para a creche e destacar a importância do envolvimento das famílias e profissionais para um melhor ajustamento do bebé.
- Promoção da competência matemática pré-escolar - Resultados de um programa de intervençãoPublication . Lima, Isabel Abreu; Coelho, Vera; Lobo, Catarina; Castro, Cátia; Gomes, Vanda; Monteiro, Ana FilipaA necessidade de promover a competência matemática das crianças portuguesas é confirmada pelos resultados dos últimos estudos comparativos internacionais, como o PISA. Investigação recente no domínio da psicologia e educação revela que o conhecimento matemático é um domínio essencial do desenvolvimento cognitivo e que as crianças têm, desde idades precoces, capacidades, oportunidades e motivos para adquirir conhecimentos matemáticos espontâneos sem necessidade de ensino formal (Ginsburg, Lee & Boyd, 2008). Sabe-se, também, que desde cedo existem diferenças nos conhecimentos matemáticos das crianças e que estas diferenças apresentam estabilidade ao longo do tempo. Por outro lado, bons resultados em matemática nos primeiros anos da escolaridade aparentam ser os melhores preditores do sucesso escolar futuro (Ducan et col., 2007). Este estudo apresenta o programa “Brincando com a Matemática”, seus pressupostos e conteúdos, bem como os resultados obtidos no Test of Early Mathematics Ability 3 (Ginsburg & Baroody, 2003a) antes e após a implementação do programa com crianças de 4 anos. Participaram 74 crianças e a avaliação incluiu grupo de controlo e experimental, num formato de pré e pós-teste. Os resultados salientam as diferenças estatisticamente significativas encontradas na competência matemática das crianças após a intervenção com o programa. Destaca-se ainda a pertinência de um trabalho pré-escolar sistemático e estruturado que permita não só o desenvolvimento de competências, mas que seja simultaneamente impulsionador de uma atitude positiva face à matemática.