Browsing by Author "Bastos, Clarisse Cardeira"
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- Passive acoustic detection of delphinid vocalizations in a marine protected area – Potential advantages and limitationsPublication . Bastos, Clarisse Cardeira; Santos, Manuel EduardoA área marinha protegida (AMP) Parque Marinho Professor Luiz Saldanha (PMPLS) está estrategicamente posicionada num dos hotspots de biodiversidade mais importante do país. A AMP já mostrou resultados positivos na comunidade de peixes, contudo os efeitos em predadores de topo foram pouco estudados até ao momento. Desde sentinelas, a espécies-chave e guarda-chuva, os cetáceos desempenham um papel ecológico de extrema importância nos ecossistemas marinhos. Este estudo fornece uma avaliação da acústica passiva (PAM) para a deteção de delfinídeos numa AMP, o PMPLS. Foram colocados três data loggers equipados com hidrofones feitos à medida, a gravar continuamente durante um período de 50 dias em três zonas de proteção (total, parcial, e complementar). As gravações acústicas foram processadas no software PAMGuard. Os assobios de delfinídeos foram identificados com o módulo “whistle and moan detector” (WMD), e, posteriormente, classificados ao nível da espécie com o módulo “Real-time Odontocete Call Classification Algorithm” (ROCCA). O sistema detetou assobios de golfinhos-comuns (Delphinus delphis), golfinhos de Risso (Grampus griseus), baleias piloto de barbatana longa (Globicephala melas), golfinhos de bico branco (Lagenorhynchus albirostris), e golfinhos-roazes (Tursiops truncatus) (incluindo os assobios assinatura CM, CA4, HP e CE da população residente do estuário do Sado). No entanto, todas as deteções do golfinho de bico branco, que não ocorre nas águas portuguesas, foram consideradas falsos positivos e excluídas da análise estatística. Analisou-se o número de ocorrências por espécie em função da zona de proteção, o número de ocorrências totais em função da altura do dia (período diurno ou noturno) na primavera e no verão, a riqueza específica em função das zonas de proteção e o número total de assobios por espécie em função do nível de proteção. O número total de assobios foi o único parámetro que mostrou diferenças significativas para os diferentes níveis de proteção, com um aumento significativo na quantidade de assobios com o aumento do nível de proteção para o golfinho-comum e para o golfinho-roaz. Estas diferenças foram interpretadas como uma resposta adaptativa ao nível de perturbação antropogénica do ambiente, com o aumento de atividades de socialização e alimentação na zona de proteção total, provavelmnente relacionadas com um maior número de assobios. No entanto, na nossa análise, registámos um elevado número de falsas detecções, o que pode ser resultado do ruído de fundo e do facto de não termos calculado as encounter statistics no ROCCA.