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Browsing Edições Ispa by Author "Afonso, Rosa Marina"
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- Cuidadores de idosos centenários na região da Beira Interior (Portugal)Publication . Afonso, Rosa Marina; Tomaz, Tatiana; Brandão, Daniela; Ribeiro, OscarResumo: O número de centenários regista um aumento sem precedentes nos países desenvolvidos e os seus cuidadores informais são, habitualmente, familiares também com idade avançada. Este estudo pretende explorar a relação entre o bem-estar de cuidadores (qualidade de vida relacionada com a saúde, sobrecarga e satisfação) e as características de centenários enquanto recetores de cuidados. Participaram no estudo 50 díades de cuidados: 12 homens e 38 mulheres cuidadores com uma média de idade de 68.75 anos (DP=8.64) e 50 centenários com idades entre os 100 e os 106 anos (M=101.08; DP=1.43). Foi utilizado o protocolo de recolha de dados do projeto PT100 – Estudo dos Centenários do Porto. A maioria dos cuidadores são filhos (64%) que dedicam, em média, 15 horas diárias à prestação de cuidados. As mulheres cuidadoras apresentam níveis mais elevados de sobrecarga e uma autoapreciação mais positiva da sua saúde do que os homens cuidadores. Os cuidadores que têm a seu cargo centenários mais dependentes são os que apresentam maior sobrecarga subjetiva. Estes resultados alertam para a necessidade de respostas ao nível da saúde e da comunidade adaptadas às especificidades destes cuidadores que, na sua maioria, se confrontam também com o seu próprio processo de envelhecimento.
- Solidão e sintomatologia depressiva na velhicePublication . Faísca, Letícia; Afonso, Rosa Marina; Pereira, Henrique; Patto, Maria Assunção VazResumo: A solidão e a depressão encontram-se relacionadas com o bem-estar psicológico na velhice. Contudo, esta relação não é clara dada a complexidade destas dimensões, nomeadamente da solidão. Este estudo pretende avaliar estas duas dimensões e discutir a sua relação em pessoas idosas, considerando aspetos sociodemográficos. Participaram no estudo 213 pessoas com idades entre os 65 e os 96 anos, sendo a média de idades de 75 anos (DP=6.74). Foram utilizados como instrumentos de avaliação, um questionário sociodemográfico, a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) (Pocinho, Farate, Dias, Lee, & Yesavage, 2009) e questões diretas para avaliar a solidão (Paúl, Fonseca, Ribeiro, & Teles, 2006). Os resultados indicam que 26.76% (57) dos indivíduos apresentaram sintomatologia depressiva. Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas entre os géneros, níveis de escolaridade, estados civis e condições de vida dos participantes. Relativamente à experiência de solidão, 12.7% (27) dos indivíduos apresentaram solidão. Foram, também, encontradas associações estatisticamente significativas entre a solidão e o género, e o estado civil e as condições de vida dos participantes. Os resultados revelaram uma associação estatisticamente significativa entre a solidão e a sintomatologia depressiva [χ2(2)=35.315; p<0.001)], constatando-se que 35.1% (20) dos participantes apresentam solidão e sintomatologia depressiva. Este estudo alerta para a importância de se perceber a relação entre a solidão e a depressão para que, no desenho de avaliações e intervenções para a velhice, se otimizem as configurações da rede social da pessoa idosa para uma melhoria da sua saúde e qualidade de vida.