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Recent Submissions
Empower-grief for relatives of cancer patients: Implementation And findings from an exploratory randomized controlled trial
Publication . Dias Neto, David Manuel; Coelho, Alexandra; Silva, Ana Nunes; Garcia-Marques, Teresa; Albuquerque, Sara
Grief reactions among relatives of palliative care patients are often overlooked, with most interventions targeting Prolonged Grief Disorder (PGD) rather than its prevention. Few interventions have been developed for individuals at risk. This study aimed to evaluate the efficacy of Empower-Grief, a selective intervention designed to address early problematic grief reactions and to explore predictors of its effectiveness. This exploratory randomized controlled trial (RCT) compared Empower-Grief with Treatment as Usual (TAU) among relatives or caregivers of palliative and oncological patients at risk of developing PGD. A total of 46 participants were assessed at baseline, post-intervention, and six months later. The primary outcome was PGD symptoms, with additional measures including anxiety, depression, coping strategies, attachment style, psychological flexibility, post-traumatic growth, social support, and therapeutic alliance. The final analyses indicate equivalence between Empower-Grief and TAU, suggesting that both interventions yielded comparable outcomes in reducing PGD symptoms and associated psychological distress. The initial symptoms and therapeutic alliance were predictors of the results in both post- and follow-up moments. This study contributes to the evidence on grief interventions in palliative care, highlighting the importance of structured support for bereaved caregivers. While Empower-Grief demonstrated comparable effectiveness to TAU, its lower intensity, ease of training, and application make it a promising treatment option.
Literacia em saúde e humor em saúde
Publication . Cristina Vaz de Almeida; Esteves, Alexandra Durão; Grossinho, Ana Benevides; Candeias, Ana; Reina, Ana Carolina; Mina, Ana; Oliveira, Ana; Silva, André; Afonso, Andréia; Afonso, Andreia; Almeida, Andreia Azevedo de; Afonso, Beatriz; Belim, Célia; Pereira, Cláudia Marisa; Roque, Cristiana; Almeida, Cristina Vaz de; Oliveira, Daniele; Larez, Estefânia; Ribeiros, Gonçalo Joaquim; Veríssimo, Inês; Belo, Joana; Costa, Joana Pinto; Silva, Luis; Evangelho, Margarida; Cordeiro, Maria do Carmo Oliveira; Velosa, Maria Manuel; Fonseca, Mariana; Ferreira, Marta
Nos processos comunicacionais há evidência que o humor promove feedback imediato e envolvimento ativo do paciente e pode ser uma forma eficaz de metacomunicação, abordando tensões e mal-entendidos de forma mais leve, com comunicação não violenta e empática. Também são elencados os riscos do uso inadequado do humor nas ambiguidades e possíveis mal-entendidos, especialmente em contextos multiculturais, com a possibilidade de quebra da credibilidade se usado em excesso. Os autores também apresentam um conjunto de boas práticas para o uso do humor que partem da avaliação do estado emocional e cultural do paciente antes de usar o humor, assim como o uso do humor empático, evitando sarcasmo.
Atenta-se ainda à observação da reação do paciente e o consequente ajustamento na abordagem, que deve ter em conta os fatores relacionados com a idade, contextos, dimensão cultural. Nível de literacia em saúde, situação socioeconómica, e outros. Conseguimos neste livro aceder a diversos exemplos sobre o uso do humor em diferentes contextos clínicos, como consultas de medicina geral e familiar, nutrição, enfermagem, psicologia, entre outras.
Envolvimento parental, sentimento de pertença à escola e desempenho académico de alunos dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico
Publication . Osório, Tatiana Werneck Sabatié Tavares; Salvador, Liliana
O percurso escolar dos alunos é influenciado por um conjunto de fatores individuais, familiares e contextuais, que interagem e impactam o processo de ensino e aprendizagem. Entre esses fatores, o desempenho académico se destaca como uma variável central, comummente utilizada como um indicador de sucesso educativo e adaptação escolar. Contudo, o desempenho académico dos alunos, não pode ser compreendido de forma isolada, sendo influenciado por
dimensões afetivas e psicológicas como o envolvimento parental e o sentimento de pertença à escola. O presente estudo teve como principal objetivo analisar as relações entre o envolvimento parental, o sentimento de pertença à escola e o desempenho académico dos alunos dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico em Portugal. Adicionalmente, procurou-se compreender se essas relações diferem consoante o estatuto migrante dos alunos. Participaram neste estudo 463 estudantes, dos quais 121 eram migrantes, que responderam a “Escala de Avaliação do Sentimento de Pertença à Escola” de (Ventura & Lima, 2016), a Escala de Perceção de Práticas de Envolvimento
Parental na Escolaridade: “Os meus pais e a minha escolaridade”, e subescala “Sentimentos/ atitudes em relação ao envolvimento parental” (Pereira & Monteiro, 2014), além de um questionário sociodemográfico. Os resultados revelaram que tanto o envolvimento parental, como o sentimento de pertença à escola estão relacionados positivamente com o desempenho académico dos alunos, sendo os alunos com melhor desempenho académico, aqueles com maiores níveis de envolvimento parental e sentimento de pertença à escola. Além disso, os alunos migrantes apresentaram níveis ignificativamente mais baixos em todas as variáveis analisadas, quando comparados
com os alunos não migrantes. Por fim, os resultados sublinham a importância do envolvimento parental e do sentimento de pertença à escola como fatores promotores do sucesso académico e do bem-estar dos alunos, e a emergência de práticas escolares mais inclusivas e sensíveis à diversidade cultural.
Liderança robótica e satisfação no trabalho: O papel da segurança psicológica e da confiança
Publication . Figueiredo, Ana Beatriz Lopes; Lopes, Sara L.
A evolução tecnológica tem levado a um crescente interesse pela forma como os indivíduos interagem com robôs, nomeadamente em contextos de trabalho. Em ambiente laboral, os robôs já são percecionados pelos trabalhadores como promotores de bem-estar psicológico e como parceiros de trabalho. O presente trabalho teve como principal objetivo compreender as atitudes e perceções dos indivíduos que são liderados por um líder robô em contexto laboral. Variáveis como a confiança no robô, o estilo de liderança, a segurança psicológica e a satisfação no trabalho foram analisadas. Este estudo, de carácter correlacional, teve uma amostra de 178 participantes, que leram um cenário que descrevia uma situação de trabalho em que o robô assumia o papel de líder. No que toca aos resultados, foi esperado que, perante a existência de um líder robô, a segurança psicológica mediasse a relação entre o estilo de liderança transformacional do robô e a satisfação no trabalho. Foi também esperado que o nível de confiança no robô moderasse a relação entre o estilo de liderança e a segurança psicológica. Por último, previu-se que existiriam diferenças entre indivíduos em relação à literacia tecnológica, bem como ao nível de aceitação dos robôs nos locais de trabalho. As descobertas desta investigação contribuíram para compreender a forma como os indivíduos percecionam a liderança robótica, que, por sua vez, pode ter relevantes implicações práticas, nomeadamente em contextos organizacionais onde maior precisão e menor enviesamentos na tomada de decisão são essenciais.
Fatores relacionados com as crenças dos docentes sobre educação inclusiva: Revisão sistemática com meta-análise
Publication . Piteira, Sofia Raquel Piedade; Gaitas, Sérgio
A Educação Inclusiva (EI) foi uma das reformas mais significativas a nível global no caminho
para a igualdade de direitos na educação. Os docentes desempenham um papel central nesta
reforma, e diversos fatores podem estar relacionados com as suas crenças sobre a EI. A presente revisão sistemática com meta-análise procurou assim investigar a relação entre as crenças dos docentes sobre EI e (1) características sociodemográficas (sexo, idade); (2) características do seu percurso profissional (anos de experiência, formação específica em EI, experiência com alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE)); e (3) crenças de autoeficácia e conhecimento sobre EI (autoeficácia para a prática da EI, conhecimento percebido sobre EI). Foram incluídos na revisão 34 estudos, publicados em 22 países entre 2015 e 2024, totalizando
78 efeitos padronizados (d de Cohen). A meta-análise multinível revelou que as crenças dos docentes sobre EI estão relacionadas com os anos de experiência (β = 0.22, p = .019), a participação em formação específica (β = 0.20, p = .017) e a experiência com alunos com NEE
(β = 0.24, p = .010), enquanto o sexo e a idade não apresentaram efeitos significativos. Devido ao número reduzido de estudos, as variáveis de autoeficácia e conhecimento percebido foram sintetizadas narrativamente, sugerindo uma associação entre as crenças dos docentes e a sua autoeficácia para a prática da EI. Conclui-se que os percursos profissionais dos docentes constituem preditores significativos das crenças inclusivas, destacando a importância de
formações e experiências práticas para modificar sistemas de crenças e promover a EI.