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Vinculação e modelos internos dinâmicos : Da representação sensorio-motora à representação simbólica
Publication . Garcia, Filipa Maria Caldeira da Silva; Veríssimo, Manuela
O presente estudo, baseado na teoria da vinculação de Bowlby/Ainsworth, tem como objetivo geral analisar a continuidade da qualidade da vinculação nos anos préescolares e a sua relação com a qualidade de vinculação educador-criança. Primeiramente, analisámos as associações entre os comportamentos de base segura da criança com a mãe e da criança com o pai e as representações de vinculação nos anos pré-escolares, numa amostra de 71 díades mãe-criança e pai-criança, utilizámos como instrumentos o Attachment Behaviour Q-Set (AQS – versão 3.0 de Waters, 1995), ao Attachment Story Completion Task (ASCT, Bretherton & Ridgeway, 1990) e à Wechsler Preschool and Primary Scale of Intelligence - Revised (WPPSI-R, 1989; versão portuguesa de Seabra-Santos et al., 2003). Os resultados revelam que as crianças utilizam quer a mãe quer o pai como base segura e que a segurança de vinculação experienciada pela criança na infância é representada posteriormente em modelos internos dinâmicos seguros. Em segundo lugar, tentámos perceber quais os processos envolvidos na transição das representações sensoriomotoras para as simbólicas, analisando dois potenciais inputs para a construção, por parte da criança, das representações mentais de vinculação: as representações sensoriomotoras da criança dos primeiros anos de vida baseadas na organização dos seus comportamentos de base segura com o pai e com a mãe e os scripts de vinculação parentais, numa amostra de 64 díades mãe-criança e pai-criança, utilizando como instrumentos o AQS (versão 3.0 de Waters, 1995), o ASCT (Bretherton & Ridgeway, 1990), a WPPSI-R (versão portuguesa de Seabra-Santos et al., 2003) e o Attachment Script Assessment (ASA – Waters & Rodrigues-Doolabh, 2004, manual não publicado). Os resultados obtidos sugerem que a organização dos comportamentos de base segura, na relação com ambos os pais, pode ser prevista a partir do conhecimento tipo script de base segura das figuras parentais e que apenas as representações sensoriomotoras da criança dos primeiros anos de vida baseadas na organização dos seus comportamentos de base segura estão a funcionar como potenciais inputs das representações mentais de vinculação da criança, ao contrário do esperado. Finalmente, analisámos a relação entre a qualidade das representações internas de vinculação das crianças (ou seja, a segurança) e a qualidade das relações educador-criança, numa amostra de 52 crianças e 4 educadores. Utilizámos como instrumentos o ASCT (Bretherton & Ridgeway, 1990), a WPPSI-R (versão portuguesa de Seabra-Santos et al., 2003) e ainda, a Escala de Perceção dos Comportamentos de Vinculação para Professores (PCV-P, Dias, Soares e Freire, 2004). Os dados obtidos mostram que a coconstrução de uma relação de vinculação relevante com um educador na primeira infância é, em parte, função da qualidade da relação de vinculação da criança com as figuras parentais mas também do desenvolvimento verbal da criança. De uma forma geral, os nossos resultados procuram contribuir para a discussão em aberto sobre a construção, por parte da criança, de um modelo integrado do self, participando em duas ou mais relações qualitativamente distintas.

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Fundação para a Ciência e a Tecnologia

Funding programme

SFRH

Funding Award Number

SFRH/BD/68959/2010

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