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Research Project

TELEGRAMA DA NOVA GERAÇÃO: “BRUTOS.URROS.LUTAS.LIÇÕES.Y.INSULTOS.NÃO.GANHAM.” BULLYING: PERCEPÇÃO DO RISCO, INTERVENÇÃO E PREVENÇÃO

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Agressão e vitimização em meio escolar : Contributos para a prevenção e intervenção
Publication . Rodrigues, Patrícia Andreia Gonçalves das Neves; Cardoso, Jorge Manuel Santos; Leal, Isabel Pereira
Objetivo: Assente no modelo ecológico, este estudo pretendeu: investigar os fatores de risco e protetores para o desenvolvimento de comportamentos agressivos e de vitimização pelos pares; analisar a natureza das associações longitudinais entre as formas e funções da agressão, a vitimização e os sintomas internalizantes e, por fim; propor um programa interventivo, com estratégias multimodais, para o combate à agressão e vitimização no contexto escolar. Método: Adolescentes, entre os 11 e os 19 anos (M = 15, DP = 1,9), participaram em 4 estudos: dois em corte transversal: 1) caracterização das perceções de agressividade e estudo dos fatores de vulnerabilidade para as formas e funções da agressão, de acordo com o modelo ecológico (N= 851) e, 2) caracterização das perceções de vitimização, por tipo, frequência e severidade e identificação dos seus preditores, numa perspetiva ecológica (N=584); 3) um estudo transversal e longitudinal, onde se analisaram as relações entre a agressão, a vitimização, e o aumento de sintomas internalizantes (N=132); e, 4) um estudo prospetivo, orientado para análise dos resultados de um programa de intervenção desenvolvido para o combate à agressão e vitimização em meio escolar (N=132). As análises dos dados quantitativos foram realizadas com recurso a estatística descritiva, regressões lineares hierárquicas e aos testes t de Student para amostras emparelhadas e para amostras independentes. Todas as análises estatísticas foram efetuadas com o IBM SPSS Statistics. Resultados: Bons preditores do comportamento agressivo, o suporte social familiar e dos amigos, bem como o ambiente escolar, mostraram-se fatores protetores de agressão e vitimização nos adolescentes em estudo. Verificámos uma tendência similar entre rapazes e raparigas para o envolvimento em comportamentos agressivos, mas as últimas apresentaram uma maior propensão para serem vítimas de agressão relacional. Prospectivamente a agressão e a vitimização não evidenciaram um papel significativo no desenvolvimento de sintomas internalizantes, mas os sintomas depressivos mostraram ser preditores explicativos da agressão e da vitimização reativa. O programa de intervenção atingiu os objetivos propostos, visto ter-se verificado uma redução no número de situações problemáticas sinalizadas. Constatámos ainda uma diminuição significativa dos comportamentos agressivos diretos reativos, bem como da vitimização (direta e direta reativa). Conclusões: Este estudo contribuiu para a análise dos fatores preditores da agressão e da vitimização ao procurar discriminar as funções da agressão e um leque mais alargado de tipos de vitimização, por comparação com outros estudos que se têm focado mais nas formas diretas e relacionais da agressão e da vitimização. Os resultados obtidos contribuíram para os estudos longitudinais, onde se relacionam estas variáveis na fase da adolescência. Por fim, o programa de intervenção assinalou a importância de uma ação universal, na prevenção da agressividade e vitimização em meio escolar, com recurso a múltiplas estratégias interventivas, que aumentem o suporte entre os jovens e as suas famílias, os pares e a escola.

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Fundação para a Ciência e a Tecnologia

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Funding Award Number

SFRH/BD/81009/2011

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