Browsing by Author "Silva, Maria Isabel Lopes da"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Remar contra a maré de uma avaliação burocráticaPublication . Silva, Maria Isabel Lopes daA avaliação formativa é preconizada nos documentos legais para o ensino básico, embora se verifique uma tendência para centrar a avaliação em resultados quantificados da aprendizagem. Esta tendência alargou-se à educação pré-escolar, tornando-se habitual a construção e adoção de checklists, por faixas etárias, que permitem quantificar percentagens das aprendizagens “adquiridas” e “não adquiridas”. Esta prática, não agradando a muitos educadores, é aceite, por falta de alternativas, como exigência a cumprir. A perspetiva de avaliação formativa adotada pelas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (OCEPE, 2016) considera-a como intimamente ligada ao planeamento e como suporte do educador na construção e gestão do currículo. Esta perspetiva, em consonância com os fundamentos e princípios das OCEPE, remete para conceções teóricas que encaram a avaliação, como “recolha de informações para tomar decisões sobre a prática”, como uma construção de sentido que envolve todos os intervenientes (educadores/as, crianças e pais). Este processo, que assenta na recolha e organização de documentação pedagógica, integra diferentes vertentes da avaliação: ao ser orientadora do planeamento da ação constitui-se uma avaliação “para” a aprendizagem, sendo a participação das crianças nesse planeamento e avaliação vistos “como” um meio de aprendizagem, inclui, ainda, uma avaliação “da” aprendizagem, centrada na descrição dos progressos de cada criança, partilhada com crianças e pais. Se muitos educadores concordam com esta perspetiva, manifestam também dificuldades. Na implementação das OCEPE “Para remar contra a maré” considerou-se prioritário promover formação contínua, que apoiasse práticas de planeamento e avaliação interligadas.