Browsing by Author "Arroz, Ana Beatriz Nobre Madeira Moura"
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- Práticas de intervenção precoce na infância : Quem faz o quê, onde e como?Publication . Arroz, Ana Beatriz Nobre Madeira Moura; Pimentel, Júlia van Zeller de SerpaDiversos estudos procuram perceber o hiato entre a investigação e a prática no âmbito da Intervenção Precoce (IP), na medida em que a investigação não apenas tem assinalado uma deficiente utilização de práticas baseadas em evidências, como uma distância considerável a uma intervenção centrada na família e nas rotinas das crianças, recomendada pela literatura e disposições legais. Nesta pesquisa procurámos examinar o fenómeno em estudo – o desenvolvimento de programas de IPI orientados pelo modelo de intervenção centrado na família – conjugando a análise da articulação entre perspetivas e práticas percebidas pelo profissionais com a análise da qualidade e orientação de exemplares concretos das suas práticas. Este eixo de análise foi conjugado com um outro, relativo às representações e juizos de avaliação de um outro interveniente incontornável: as famílias. Pretendem-se identificar consonâncias e detetar focos de dissonância entre interlocutores e tipos de resposta dos diferentes serviços e contextos de intervenção que ajudem a manter atualizada uma caraterização das práticas que tem vindo a ser realizada na última década e a construir medidas de promoção da qualidade e do envolvimento das famílias na IP. Para isso realizou-se um estudo de caso instrumental, com casos múltiplos que convocou diversas técnicas de recolha e análise de dados. Os resultados continuam a revelar a existência de lacunas a nível das práticas dos profissionais no âmbito da avaliação, planificação e intervenção e pouca permeabilidade às implicações práticas do modelo de intervenção focado na família. Quanto às representações recíprocas e articulação entre profissionais e família parece atravessar-se um momento de transição, com os técnicos já a valorizarem o enfoque nas familias e rotinas, mesmo que pouco o reflitam nas práticas, e as famílias ainda centradas num modelo de especialista, relegando para um plano secundário o seu papel de interveniente crucial. São discutidas implicações dos resultados para a melhoria da formação e supervisão dos profissionais e formuladas questões que orientem futuras investigações.