Morato, Pedro Jorge Moreira de ParrotBaliza, Emília Graça Almeida Banha Clemente2011-01-082011-01-082002http://hdl.handle.net/10400.12/328Dissertação de mestrado em Psicologia da EducaçãoDar voz aos alunos, é reconhecido como fulcral no desenvolvimento de uma escola mais efectiva e de uma educação mais inclusiva. O estudo essencialmente exploratório e descritivo investigou as percepções que os alunos têm das estratégias de ensino dos professores na sala de aula, e envolveu 625 sujeitos de ambos os sexos, das quatro escolas Básicas 2,3 da cidade de Setúbal, do 2o e 3o ciclo, do 5o ao 9o ano de escolaridade. Os instrumentos utilizados para a recolha dos dados foram uma escala constituída por 30 questões de resposta sim ou não, e um questionário onde os alunos forneceram dados relativos a idade, género, e ano de escolaridade, e expressaram as suas dificuldades na aprendizagem duma matéria nova; a ocupação dos tempos livres na escola; se gostam ou não da escola frequentada e ainda na sua perspectiva, que mudanças fariam para melhorá-la. Os resultados obtidos, sendo demonstrativos de traços comuns nas percepções dos alunos das quatro escolas, sobre as estratégias de ensino na sala de aula, revelaram igualmente a presença de diferenças entre as escolas estudadas. As principais conclusões deste trabalho são: - As percepções dos alunos sobre as estratégias de ensino dos professores são altas nas quatro escolas, no entanto uma delas apresenta diferenças significativas em relação às outras. - As percepções variam com o ano de escolaridade, ou seja à progressão no ano de escolaridade, correspondem percepções menos elevadas; - Frequentar uma turma "regular" ou "especial" não influencia as percepções dos alunos. Neste trabalho entende-se por turmas especiais as que têm alunos com necessidades educativas especiais incluídos e por turmas regulares as que não têm alunos com necessidades educativas especiais incluídos. - Quanto à relação entre género, idade e categoria sócio profissional do pai/mãe as percepções mais elevadas estão associadas ao género feminino, aos alunos mais jovens (9-11 anos)e a melhor categoria sócio profissional do pai/mãe. - Foi ainda encontrada relação entre percepções e a forma como os alunos gostam da escola. Quanto mais os alunos gostam da escola, mais elevadas são as percepções. - A repetência tem influência nas percepções dos alunos do 5o e 6o anos. Da recolha de dados de opinião dos alunos foi possível verificar que: - dois terços da população sente ter dificuldades escolares por vezes; - o professor explicar bem é considerado o mais importante na aprendizagem duma matéria nova; - e nas prioridades de intervenção na escola, as opções dos alunos recaem sobre a melhoria das condições de trabalho ou da beneficiação das infra estruturas. A reflexão em torno deste tema pode ser importante para o desenvolvimento da educação inclusiva. Pretendeu-se desta forma dar voz aos alunos como forma de participação activa na melhoria da escola, porque (...) "a vida mostra que cada vez que as condições de desenvolvimento são favoráveis, num ambiente harmónico e educativo, os defeitos se não desaparecem por completo, pelo menos diminuem de intensidade ou não têm mesmo ocasião de se manifestar" (Agostinho da Silva, 1941: 28).porInclusãoProfessoresEstratégias de aprendizagemInstrumentoEducação especialPercepção socialInclusionTeachersLearning strategiesInstrumentsSpecial educationSocial perceptionOs alunos e a escola inclusiva: Percepções dos alunos sobre as estratégias de ensino dos professores na sala de aulamaster thesis