Martins, Margarida AlvesMatos, Francisca2011-07-252011-07-252000http://hdl.handle.net/10400.12/671Dissertação de Mestrado em Psicologia EducacionalO nosso estudo, inscreve-se na perspectiva de investigação que enfatiza a necessidade de se relacionar o desenvolvimento das conceptualizações infantis sobre a escrita, com o desenvolvimento das competências fonológicas, no sentido de se procurar precisar os mecanismos e factores que potenciam a evolução das concepções precoces acerca da linguagem escrita. Partindo da ideia, de que, factores como o conhecimento do nome das letras e a consciência fonológica. interagem com os conhecimentos que a criança possui acerca da linguagem escrita, permitindo-lhe evoluir de um nível conceptual silábico para um nível com início de fonetização, delineámos o nosso projecto de investigação. Tivemos como objectivo central, verificar se crianças claramente silábicas no que concerne às conceptualizações infantis sobre a escrita — relação silábica quantitativa -produzem escritas fonéticas, na presença de um material com características fonológicas potencialmente facilitadoras de uma correspondência entre o oral e a escrita - presença do nome de letra na palavra. Trabalhámos com crianças de 5/6 anos que frequentavam a educação pré-escolar. O estudo empírico processou-se em entrevista individual e ocorreu em dois momentos. Num primeiro momento, avaliámos o nível de conceptualizações das crianças sobre a escrita, o que nos permitiu seleccionar a amostra. Seguidamente avaliámos o seu conhecimento acerca dos nomes das letras. Considerámos apenas as crianças claramente silábicas, que estabeleceram uma relação silábica quantitativa entre a escrita e oral. Deste modo, foram 40 as crianças que integraram a amostra e que foram, depois, divididas em dois grupos. Num segundo momento, passámos a cada um dos grupos, uma bateria de provas de consciência fonológica e imediatamente a seguir, o ditado de palavras constituído por um conjunto de palavras com características facilitadoras da correspondência entre o oral e a escrita - nome de letra (na sílaba inicial, para a Situação I e na sílaba central, para a Situação II) — e por outras palavras que não apresentam esta característica, a que chamámos palavras controlo. Os resultados obtidos permitiram-nos confirmar as nossas hipóteses. Assim, estes resultados apontam no sentido de que o conhecimento do nome das letras se constitui, de facto, como potenciador de escritas fonéticas, quando as crianças são levadas a reflectir simultaneamente sobre o oral.porOs sons e as letras: Início da fonetização da escritamaster thesis