Gonçalves, Miguel M.Gonçalves, Óscar F.2017-07-122017-07-121997Análise Psicológica, 1(15), 111-122.0870-8231http://hdl.handle.net/10400.12/5671Neste artigo realiza-se uma revisão dos estudos sobre análise de razões, desenvolvidos nas duas últimas décadas por Wilson et al. (cf., Wilson & Schooler, 199 I). Este programa de investigação tem demonstrado de forma sistemática que a análise de razões acerca do nosso comportamento produz efeitos disfuncionais, reduzindo a congruência atitude (medida de auto-relato)- comportamento ou conduzindo a uma menor satisfação pós-escolha em bens de consumo. São analisadas as propostas interpretativas desta disfuncionalidade, a possibilidade de interpretar estes resultados como uma função da desejabilidade social e o papel que as razões explicativas poderão ter na vida quotidiana. Finalmente, é proposta uma re-interpretação dos resultados destes estudos a partir da distinção entre pensamento narrativo e pensamento paradigmático (Bruner, 1986).In this article we review the studies concerned with reason analysis, developed in the last two decades by Wilson et ai (cf., Wilson & Schooler, 1991). This research systematically demonstrates that behavioral reason analysis produces dysfunctional effects by reducing the congruency between attitudes (verbal report measure) and behaviors. The disfunctionality oF reason analysis also produces iess satisfaction afte;: choosing products for consumption. We analyse tht: interpretations of this dysfunctionality. Foremost, tht: possible interpretations of these results could be a product of social desirability and the function that explanatory reasons may have in daily life. Finally, we propose a re-interpretation of the results of these studies based on the distinction between paradigmatic thinking and narrative thinking (Bruner, 1986).porDisfuncionalidade da análise de razõesCongruência relatos verbais-comportamentoCongruência atitude-comportamentoDysfunctionality of reason analysisVerbal report-behavior congruencyAttitude-behavior congruencyAs razões que a razão desconhece: Penso, logo engano-me?journal article