Pereira, Maria GouveiaBento, Laura Coelho Correia Leitão2024-02-072024-02-072023-12-04http://hdl.handle.net/10400.12/9555Dissertação de Mestrado apresentada no ISPA – Instituto Universitário para obtenção de grau de Mestre na especialidade de Psicologia Clínica.No presente estudo pretendeu-se analisar a relação entre as dimensões do conflito interparental e a história de comportamentos autolesivos e se essa relação é mediada pela identidade e pela identificação à família. Esperava-se que os indivíduos que relatassem maiores níveis de culpa face ao conflito interparental, revelassem um maior envolvimento em comportamentos autolesivos do que os níveis de ameaça e as propriedades do conflito. Esperava-se também que, indivíduos que demonstrassem um tipo de exploração ruminativa, tivessem uma associação positiva aos comportamentos autolesivos. Foram recolhidos dados a 443 participantes pertencentes a três escolas secundárias em Portugal, com idades compreendidas entre os 12 e 21 anos. Os instrumentos utilizados foram: o Inventário dos Comportamentos Autolesivos (ICAL), o Questionário de Perceção do Conflito Interparental (CPIC), a Medida de identificação social (SISI), e a Escala do Desenvolvimento Identitário (DIDS). Os resultados mostraram um efeito mediador significativo da exploração em amplitude, da identificação com o compromisso (dimensões identitárias) e da identificação à família, na relação entre o conflito interparental e os comportamentos autolesivos. A dimensão compromisso, não foi, na presente pesquisa, um mediador significativo desta relação. Os resultados demonstraram que níveis altos de exploração em amplitude, de identificação com o compromisso e de identificação à família, atuam como agentes protetores contra o impacto que os conflitos interparentais tem na prática dos comportamentos autolesivos. Concluindo, salientam-se assim os potenciais benefícios destes conceitos, na promoção da saúde mental e prevenção de comportamentos de risco.ABSTRACT: The aim of this study was to analyze the relationship between the dimensions of interparental conflict and the history of self-injurious behavior and whether this relationship is mediated by identity and identification with the family. It was expected that individuals who reported higher levels of guilt in the face of interparental conflict would show greater involvement in self-injurious behavior than the levels of threat and the properties of the conflict. It was also expected that individuals who demonstrated a type of ruminative exploration would have a positive association with self-injurious behaviors. Data was collected from 443 participants belonging to three secondary schools in Portugal, aged between 12 and 21. The instruments used were: the Self-Injurious Behaviors Inventory (ICAL), the Children’s Perception of Interparental Conflict Scale (CPIC), the Single Item Social Identification Measure (SISI), and the Dimensions of Identity Development Scale (DIDS). The results showed a significant mediating effect of exploration in breadth, identification with commitment (identity dimensions) and identification with the family in the relationship between interparental conflict and selfinjurious behavior. In this study, the commitment dimension was not a significant mediator of this relationship. The results showed that high levels of exploration in breadth, identification with commitment and identification with the family act as protective agents against the impact that interparental conflict has on the practice of selfinjurious behavior. In conclusion, this highlights the potential benefits of these concepts in promoting mental health and preventing risk behaviors.porConflito interparentalComportamentos autolesivosIdentidadeIdentificação à famíliaInterparental conflictSelf-injurious behaviorIdentityIdentification with familyA relação entre os conflitos interparentais e os comportamentos autolesivos na adolescência: o papel da identidade e da identificação à famíliamaster thesis203442334