Dias, Carlos AmaralCatão, Inês2011-02-102011-02-101999http://hdl.handle.net/10400.12/425Dissertação de mestrado em Psicopatologia e Psicologia ClínicaO objeto desta dissertação é a noção de fantasia e sua conexão com a noção de realidade. As duas noções, determinantes para a psicanálise, são investigadas a partir da obra de três autores, a saber, Freud, Lacan e Bion. A descoberta da fantasia por Freud, a partir do relato de suas pacientes histéricas, funda a noção de realidade psíquica. A fantasia freudiana, consciente e inconscientes confunde-se com a própria realidade que interessa ao trabalho de análise. Lacan, em sua releitura de Freud, retoma a noção de realidade (e da prova de realidade) para enfatizar o seu estatuto de real. Quanto à fantasia, outorga-lhe um lugar especial em sua obra, matematizando-a como a fantasia fundamental ($◊α/). Para Lacan, "a fantasia é a própria realidade psíquica". Contemporâneo de Lacan, Bion atribui à realidade um estatuto particular.Para além da realidade psíquica ( interna ) e da realidade sensível ( externa ), Bion funda um terceiro nível de realidade a que chamou realidade vitima. Quanto à noção de fantasia- tão cara a Melanie Klein de quem foi discípulo-, não surge, ao menos sob esta denominação, em sua obra. Procuramos neste trabalho, explicitar a relação que este autor estabelece entre a sua noção de realidade e a noção de fantasia freudiana .porJanela da fantasia - realidade e ficçãomaster thesis