Valente, Alexandra FerreiraMendes, Bárbara Rita dos Santos2021-02-252023-01-052021-02-08http://hdl.handle.net/10400.12/7994Dissertação de Mestrado apresentada no ISPA – Instituto Universitário para obtenção de grau de Mestre na especialidade de Psicologia ClínicaA dor crónica é uma experiência subjetiva, privada e multidimensional, influenciada por fatores biológicos (e.g. estruturas neuronais, etiologia da dor), psicológicos (e.g estratégias de coping), sociais (e.g. cultura e suporte social) e espirituais/religiosos (e.g. crenças religiosas). As crenças religiosas podem ter uma grande influência no impacto da experiência de dor no sujeito e, assim, influenciar as estratégias de coping utilizadas para lidar com a experiencia de dor em pessoas com dor crónica. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo estudar as diferenças e semelhanças nas estratégias de coping utilizadas por sujeitos crentes religiosos, crentes não religiosos e não crentes. A amostra do estudo é composta por 93 participantes adultos que experienciam dor crónica há mais de 3 meses e da população portuguesa. Estes participantes responderam a um questionário sociodemográfico e clínico, questionário de história clínica (e.g etiologia da dor, duração e tratamento para a mesma), questionário com medidas de dor - Brief Pain Inventory, um questionário que estuda as formas de lidar com a dor crónica – Two-Item Chronic Pain Coping Inventory – CPCI-16, e por fim, um questionário que acede ao compromisso religioso de cada individuo – Belief into Action Scale (BIAC). Os resultados deste estudo demonstram que não existem diferenças significativas entre os grupos (crentes e religiosos, crentes e não religiosos e não crentes) nas suas formas de lidar com a dor em pessoas com a dor crónica. Estes resultados demonstram que as formas de lidar com a dor crónica em sujeitos da população portuguesa, não diferem tendo os sujeitos uma confissão religiosa ou não tendo uma confissão religiosa. Verificou-se que a confissão religiosa não apresenta um papel relevante na forma em como os sujeitos que experienciam dor crónica lidam com a mesma.Chronic pain is a subjective, private, multidimensional experience influenced by biological factors (e.g., neuronal structures, aetiology of pain), psychological (e.g., coping strategies), social (e.g., culture and social support), and spiritual/religious (e.g., religious beliefs). Religious beliefs can have a major influence on the impact of the pain experience on the subject and thus influence the coping strategies used to deal with the pain experience in people with chronic pain. Thus, this study aims to study the differences and similarities in coping strategies used by religious believing subjects, non-religious believers and non-believers. The study sample is composed of 93 adult participants who have experienced chronic pain for over 3 months and the Portuguese population. These participants responded to a sociodemographic and clinical questionnaire, clinical history questionnaire (e.g. etiology of pain, duration and treatment for it), questionnaire with pain measures - Brief Pain Inventory, a questionnaire that studies ways to deal with chronic pain - Two-Item Chronic Pain Coping Inventory - CPCI-16, and finally, a questionnaire that accesses each individual's religious commitment - Belief into Action Scale (BIAC). The results of this study demonstrate that there are no significant differences between groups (believers and religious, believers and non-believers) in their ways of dealing with pain in people with chronic pain. These results show that the ways of coping with chronic pain in subjects of the Portuguese population, do not differ having a religious confession or not having a religious confession. It was found that religious confession does not play a relevant role in how subjects who experience chronic pain deal with it.porDor crónicaEstratégias de copingConfissão religiosareligiosidadeChronic painCoping strategiesReligiosityReligious confessionmaster thesis202637557