Ornelas, José Henrique PinheiroNogueiro, Ana Sofia Mendes2023-12-182023-12-182023-08-012023-12-18http://hdl.handle.net/10400.12/9315Dissertação de Mestrado realizada sob a orientação do Professor Doutor José Ornelas, apresentada no Ispa – Instituto Universitário para obtenção do grau de Mestre na Especialidade de Psicologia Clínica.A presente dissertação procura ser uma reflexão acerca do movimento de defesa dos direitos das pessoas com experiência de doença mental, a sua evolução e perspetivas para o futuro. Tem como objetivo principal avaliar em que medida o ativismo realizado pelos líderes com experiência de doença mental influencia os seus processos de recovery. Pretende explorar as variáveis importantes para a promoção do ativismo com pessoas com experiência de doença mental, bem como os fatores associados ao estigma e à discriminação com a doença mental. Este estudo teve a participação de cinco líderes da Associação para o Estudo e Integração Psicossocial. Trata-se de uma investigação qualitativa, que contou com a realização de entrevistas semiestruturadas. A investigação foi colaborativa, de modo a dar voz às pessoas com experiência de doença mental sobre as suas vivências. Para analisar os dados, utilizou-se o método da análise temática. Concluiu-se que tanto o ativismo como o recovery influenciam positivamente as pessoas com experiência de doença mental, a partir do empowerment, do recovery (no caso do ativismo), do aumento do bem-estar, e das interações sociais com pessoas com experiências semelhantes. Uma diminuição do estigma, um acesso a ajuda e apoio dos seus pares, uma diminuição dos internamentos e medicações, e um acesso às mesmas oportunidades oferecidas a qualquer pessoa, promovem o ativismo na doença mental. O estigma e a discriminação provêm de falta de conhecimento e informação acerca das pessoas com experiência de doença mental.ABSTRACT: The present dissertation reflects upon the leaders’ movement regarding the rights of people with experience of mental illness, its evolution and perspectives for the future. The main aim is to assess the extent to which the activism carried out by leaders with experience of mental illness has influenced their recovery processes. We intend to identify the important variables for the promotion of activism with people with experience of mental illness and to identify the factors associated with stigma and discrimination in regards to mental illnesses. The study had the participation of five leaders from the Association for the Study and Psychosocial Integration. Through qualitative and collaborative method, interviews were carried out. It is a collaborative investigation, in order amplify the voices of people with experience of mental illness about their life perspectives. To analyse the data, the method used was the thematic analysis. It was concluded that both activism and recovery positively influence people experiencing mental illness, through empowerment, recovery (in regards to activism), increased well-being, and social interactions with people with similar experiences. Decreased stigma, access to help and support from their peers, decreased hospitalizations and medications, and access to opportunities similar to those offered to anyone else, all promote activism in mental illness. Stigma and identification stem from a lack of knowledge and information about people experiencing mental illness.porRecoveryAtivismoLiderançaPessoas com Experiência de Doença MentalEmpoderamentoEstigmaRecoveryActivismLeadershipPeople with Experiences of Mental IllnessEmpowermentStigmaDe vítimas a sobreviventes. De sobreviventes a ativistasmaster thesis203430832