Matos, Lisa Marta Machado deSilva, Ana Catarina Dos Reis Huerta e2024-01-102024-01-102023-12-112024-01-10http://hdl.handle.net/10400.12/9464Dissertação de Mestrado realizada sob a orientação de Professora Doutora Lisa Matos, apresentada no Ispa – Instituto Universitário para obtenção de grau de Mestre na especialidade de Psicologia Clínica.Enquanto profissionais de intervenção primária, os agentes da Polícia Marítima portuguesa que participam em missões de salvamento de populações em situação de refúgio estão repetidamente expostos a acontecimentos potencialmente traumáticos, passíveis de alterar as suas visões do mundo e criar sofrimento psicológico significativo. Tendo por base o modelo teórico de atribuição de sentido (meaning-making) de Park (2010), este estudo qualitativo avaliou o impacto da participação nas missões nas crenças, objetivos de vida e sentido de propósito de 26 agentes, enquanto determinantes de ajustamento psicológico. Através de análise temática identificamos 7 temas relacionados com stressores psicológicos, sentido global e impacto emocional. As “vivências diretas com crianças em situação de vulnerabilidade”, “naufrágios e resgates no mar” e “choque cultural” foram identificados pelos agentes como acontecimentos potencialmente traumáticos que causaram impacto nas suas visões do mundo, nomeadamente nas crenças relativas a perceção de controlo, justiça e segurança, assim como no seu sentido de missão informado pela realização profissional e centralidade da família. A experiência nas missões causou impacto emocional positivo e negativo caracterizado por sentimentos como: tristeza, impotência, indignação, empatia, gratidão e privilégio. Os resultados sugerem a existência de fatores protetores determinantes de bem-estar psicológico no desempenho das suas funções, alterações de determinadas visões do mundo ou estruturas cognitivas resultantes da exposição a acontecimentos adversos e a coexistência de impacto psicológico positivo e negativo nos agentes da Polícia Marítima.ABSTRACT: The portuguese Maritime Police, vital first responderds who participate in missions to rescue migrants and refugees, are repeatedly exposed to potentially traumatic events which can profoundly change their views of the world and create significant psychological suffering. Using Park’s meaning-making model (2010), this qualitative study evaluated the impact their participation in rescue missions had on agents' core beliefs, life goals and sense of purpose on with 26 participants, 5 of whom were women. Through the assessment of recurring themes, we identified 7 themes related to psycological stressors, global meaning and emotional impact. Experiences with children in vulnerable situations, shipwrecks and rescues at sea and cultural shock were identified by the agents as potentially traumatic events or circumstance that had an impact on their views of the world, particularly on beliefs regarding the perception of control, justice and security, as well as in its sense of mission informed by professional achievement and family centrality. The experiences while on mission caused both positive and negative emotional impact characterized by feelings such as sadness, impotence, indignation, empathy, gratitude and sense of privilege. The results suggest the existence of protective factors that determine psychological well-being when performing their duties, changes in certain views of the world or cognitive structures resulting from exposure to adverse events and the coexistence of positive and negative psychological impacts on Maritime Police.porAtribuição de sentidoProfissionais de intervenção primáriaTraumaPolícia MarítimaVisões do mundoMeaning-makingFirst respondersTraumaMaritime PoliceViews of the worldImpacto psicológico das missões de salvamento de refugiados na Polícia Marítimamaster thesis203443667