Nóvoa, António2013-05-212013-05-211987Análise Psicológica, 5 (3), 413-4400870-8231http://hdl.handle.net/10400.12/2200Através da introdução do conceito de processo de profissionalização da actividade docente, que se desenvolve em duas dimensões (corpo de conhecimentos e de técnicas e conjunto de normas e de valores próprios da profissão docente) e em quatro etapas (prática a tempo inteiro da actividade docente - estabelecimento de um suporte legal para o exercício da actividade docente - criação de instituições específicas para a formação de professores - constituição de associações profissionais de professores), este artigo evoca a história dos professores do ensino primário em Portugal, desde o século XVI até aos nossos dias. Utilizando uma abordagem socio-histórica, o autor mostra de que forma a constituição dos professores em «profissionais do ensino» está directamente relacionada com a produção do modelo escolar (Era Moderna) e com a estatização do sistema de ensino (Época Contemporânea). O artigo sublinha a relevância das mudanças operadas ao longo dos séculos no estatuto profissional e no papel social dos professores, ilustrando-as através das diferentes designações por que foram sendo conhecidos: mestre-escola ou mestre de ler (século-XVI- -XVII) - mestre régio de ler, escrever e contar (finais do século XVIII) - mestre ou professor das primeiras letras (princípios do século XIX) - professor de instrução primária ou professor primário (finais do século XIX-princípios do século XX) - professor do ensino primário (finais do século XX). Retomando uma pergunta «clássica» de Jacky Beillerot - os professores: militantes ou especialistas? - o artigo termino com uma reflexão sobre quais os critérios mais adequados para a definição (e para a compreensão) da profissão docente.porDo mestre-escola ao professor do ensino primário: Subsídios para a história da profissão docente em Portugal (séculos XV -XX)journal article