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Advisor(s)
Abstract(s)
Em Portugal, as mulheres representam cerca de 25% dos indivíduos que
vivem com o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Considerando que a maioria
destas mulheres se encontra em idade reprodutiva (aproximadamente 75%), a transição
para a maternidade tem assumido uma importância crescente. Numa amostra composta
por 47 grávidas infectadas pelo VIH e 51 grávidas sem risco médico associado, a
adaptação à gravidez foi avaliada considerando os seguintes indicadores: percepção de
stresse, sintomatologia psicopatológica, reactividade emocional e qualidade de vida
(QdV). Os resultados deste estudo apontam para a existência de maiores dificuldades de
adaptação entre as grávidas seropositivas (particularmente as diagnosticadas durante a
gravidez), que reportam, comparativamente às grávidas sem risco médico associado,
níveis mais elevados de stresse, sintomatologia psicopatológica e reactividade emocional
negativa e menor QdV. Os resultados mostram ainda que a adaptação à gravidez é
marcada por uma maior ambivalência entre as mulheres seropositivas. Estes resultados
poderão ter importantes implicações clínicas para a intervenção psicológica junto das
mulheres infectadas pelo VIH. Torna-se central para os técnicos de saúde mental e de
outras áreas médicas conhecer mais sobre as dinâmicas psicológicas quando envolvidas,
em simultâneo, duas situações indutoras de stresse: ter um filho e a possibilidade de
morte antecipada. ------ ABSTRACT ------ In Portugal, about 25% of people living with Human
Immunodeficiency Virus (HIV) are women. Because the majority of HIV-infected
women are of reproductive age (about 75%), the issue of transition to motherhood is
a matter of greater importance. In a sample of 47 HIV-pregnant women and 51
pregnant women without medical condition, the adaptation to pregnancy was assessed
considering the following indicators: perceived stress, psychological symptoms,
emotional reactivity, and quality of life. The results of the current study showed that
HIV-infected women experienced more difficulties in adaptation to pregnancy. This
group reported, comparatively to the pregnant women without associated medical risk, higher stress, more psychopathology, more negative emotional reactivity, and
lower quality of life. Globally, the results of this study show a higher ambivalence in
the adaptation to pregnancy among HIV-positive women. Among HIV-positive,
women diagnosed during the current pregnancy report more adaptation difficulties.
These findings may also have clinical implications for the psychological intervention of HIV-infected women. It is important for mental health professionals and other
medical fields to know more about women’s psychological dynamics when involved
in two very stressful concomitant situations: giving birth and possibility of an anticipated death.
Description
Keywords
Adaptação Gravidez Infecção por VIH Adaptation HIV infection Pregnancy
Citation
Psicologia, Saúde & Doenças, 11 (2), 179-197
Publisher
Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde