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Para uma valorização da matemática no jardim-de-infância: Vivências, concepções e práticas de educadores e alunos finalistas do curso de educação de infância da Universidade da Madeira

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Abstract(s)

O presente estudo surge do interesse de inquirirmos um grupo de educadores e outro de futuros educadores sobre as suas vivências com a matemática, as suas concepções sobre o papel do educador no desenvolvimento integral da criança, as actividades do domínio da matemática registadas nas suas planificações e o conhecimento que têm das potencialidades do geoplano enquanto material manipulativo. Também fizemos a comparação dos resultados apresentados referentes aos grupos mencionados anteriormente, ou seja, entre os indivíduos que realizaram o seu percurso escolar em períodos que distanciam entre si cinco anos, o que corresponde também à diferença de ter e não ter experiência profissional Este estudo tem um carácter essencialmente descritivo, relativamente aos aspectos referidos anteriormente, tem também uma natureza comparativa no que se refere aos dois grupos da amostra. Os dados foram recolhidos através de entrevistas gravadas em registo áudio, documentos (planificações), e gravação em vídeo da reacção dos educadores perante o geoplano. Os resultados referem, quanto à vivência da matemática, ao longo do percurso escolar, pelos educadores e pelos futuros educadores de infância, que o 1o Ciclo parece ser um marco importante no percurso escolar dos indivíduos da amostra, uma vez que, a partir do momento em que estes têm vivência negativa nesse ciclo, mantêm essa experiência negativa ao longo do percurso escolar, só vindo a alterar a situação aquando da sua formação no curso de educação de infância. As justificações dadas pelos educadores e futuros educadores, sobre as vivências com a matemática referem o professor como primeiro elemento influente na mesma, quer de forma positiva, quer de forma negativa. Isso acontece ao longo do percurso escolar, sendo mais notório, no 1o Ciclo e no Ensino Universitário. Confirmámos esta situação vendo que os indivíduos que sempre gostaram de matemática, ao longo do seu percurso escolar, referem o professor como o elemento fulcral, sem excluir, no entanto as referências relativas ao gosto pelos conteúdos matemáticos. Este facto também é válido para os indivíduos que disseram ter tido vivências negativas com a matemática. O 3o Ciclo é sem dúvida o ciclo em que os indivíduos apresentam um número mais acentuado de vivências negativas. Encontrámos um aumento do número de vivências negativas à medida que avançámos no percurso escolar, resultando na grande maioria em abandono da matemática, após a Educação Básica. Quanto às concepções sobre o papel do educador no desenvolvimento integral da criança, referidas pelos educadores e pelos futuros educadores de infância, verificámos que a experiência profissional dos educadores provocou uma visão mais alargada do seu papel Assim interpretámos o facto de registarmos um maior número de categorias face ao grupo dos futuros educadores e maior frequência das categorias encontradas em comum nos dois grupos da amostra. Assumiram importância, por ordem decrescente de referência, as concepções de planificação/organização de actividades, a responsabilidade pelo desenvolvimento/aprendizagem, o ambiente lúdico/bem-estar, a gestão das ideias das crianças e a relação entre o pré-escolar e o 1o Ciclo. No que diz respeito às actividades do domínio da matemática registadas nas planificações dos educadores e dos futuros educadores, foi visível a maior frequência de registo de actividades para cada categoria, no grupo dos futuros educadores. Não indagámos das razões para uma menor frequência de registos de planificações no grupo dos educadores. Um segundo aspecto prendeu-se com o facto da vivência positiva com a matemática, no percurso escolar dos indivíduos da amostra, provocar uma maior percentagem de planificações com registo em ambos os grupos. Um terceiro aspecto prendeu-se com a natureza das actividades encontradas. Assim, verificou-se que tanto os educadores como os futuros educadores, privilegiam as actividades de vivência do espaço, formação de conjuntos e identificação dos primeiros números. Quanto aos materiais manipulativos registados nos planos de intenções, dos educadores e dos futuros educadores de infância, no desenvolvimento das actividades matemáticas, verificou-se que as actividades de matemática e os recursos materiais utilizados para a mesma são referidos pelos futuros educadores com maior frequência do que entre os educadores de infância. As fichas de trabalho têm uma importância acrescida nestes últimos, principalmente para os que sempre tiveram vivência positiva com a matemática. Em relação ao conhecimento dos educadores e dos futuros educadores de infância sobre as potencialidades do Geoplano, no desenvolvimento das noções matemáticas nenhum dos grupos refere o geoplano como material manipulativo nas actividades de matemática, o que talvez seja pelo facto de não terem tido oportunidade de descobrir as potencialidades deste jogo, ao longo do seu percurso escolar. Um aspecto a salientar na interacção dos indivíduos da amostra com o geoplano consistiu nas naturezas das produções apresentadas: são desenhos/registos tendo também por base a descoberta de figuras geométricas, que foram realizados por todos com entusiasmo, alegria e divertimento. Numa perspectiva futura pensamos ser importante criar momentos e projectos de investigação-acção, no sentido de desencadear uma maior valorização da matemática no jardim-de-infância.

Description

Dissertação de mestrado em Psicologia Educacional

Keywords

Psicologia educacional Matemática Educação pré-escolar Ensino Desenvolvimento Desenvolvimento do curriculum Educational psychology Mathematics Preschool education Trading Development Curriculum development

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Instituto Superior de Psicologia Aplicada

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