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PDES - Tese de doutoramento

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  • “I’m a teenager and i feel lonely”: Towards identifying the multiple facets and trajectories of loneliness
    Publication . Ribeiro, Maria Olívia Moreira; Santos, António José dos
    Loneliness is currently defined as a negative, painful, and distressful feeling that someone experiences when their relations and their social world is perceived as deficient (Peplau & Perlman, 1982). These feelings are especially salient during adolescence due to the changes and challenges that occur during this developmental period. Given the complex nature of this construct, in the present thesis, our focus was on three relevant aspects: (1) analyze factorial structure and the psychometric characteristics of a multidimensional loneliness measure that considers the different facets of loneliness, (2) examine the possibility of the cooccurrence of the different facets of loneliness, and (3) investigate the stability and changes of loneliness during adolescent years considering three consecutive school years. Adopting the perspective that loneliness is multifaceted, our first aim was to analyze the factorial structure of a loneliness measure, which is RPLQ (Relational Provision Loneliness Questionnaire; Hayden-Thomson, 1989). This measure considers two facets of loneliness (social and emotional) and, simultaneously, the two more important social contexts where these feelings could occur (family and peers). Moreover, it was our intent, establish measurement invariance across sex and age, and establishing discriminant validity. Our results showed substantial support for the construct validity and reliability of the RPLQ. Measurement invariance was established across sex and age, and it was also assumed discriminant validity, provided by the contrast with positive and negative social functioning dimensions in peer group. Studies considering simultaneously the different facets of loneliness and different social relations in which loneliness occurs are lacking. So, in second place, our focus was on the different facets of loneliness in the context of family and peers, and the cooccurrence of them in everyone. Adopting a person-centered approach, our aim was to identify distinct groups of adolescents with similar patterns of social and emotional loneliness within peers and family, and to examine if distinct profiles of loneliness were differently associated with positive and negative features of social adjustment to peer group. Our results revealed two clusters with more adaptative profiles (less-lonely and family-related loneliness) in which adolescents were perceived by peers as having more prosocial behaviors. Two other clusters displayed a more maladaptive profile (more-lonely and peer-related loneliness) in which youths were more likely to be perceived as socially withdrawn, excluded and victimized by peers. Sex differences was found with girls from more-lonely profile showing higher social loneliness related to peers, and social and emotional loneliness related to family context. Finally, longitudinal studies are scarce, and all of them assume that the development process of loneliness was a continuum. So, in third place, our focus was on the stability and changes on loneliness profiles across adolescence. Our aim was to analyze the transitions and transition patterns among the loneliness profiles across the three consecutive school years. Our purpose was to examine the stability and changes in membership profile and examine if there were lasting effects. The association between loneliness and some of its strongest correlates completed our third aim. Our results showed that the less-lonely profile was the more stable, and the More-lonely has the lowest stability. Peer- and Family- related loneliness profiles were moderately stable over time. Even adolescents that showed a tendency to transition to other profiles, they tend to change into a profile with lower loneliness, except for Family-related loneliness profile. Our results also suggest there was a lasting effect of adolescent’s loneliness with those who have a history of this feelings were more likely to be a lonely person later.
  • Análise dos estilos parentais e das relações de vinculação em contexto familiar e as suas implicações para o posterior desenvolvimento psicossocial e académico das crianças
    Publication . Cardoso, Jordana Figueiredo de Pinto; Veríssimo, Manuela
    Apesar da extensão de influência de diversos determinantes no desenvolvimento infantil, a teoria da vinculação permanece como um dos quadros teóricos mais abrangentes para o entendimento do desenvolvimento social e emocional. Effect sizes de estudos anteriores (Madigan et al., 2016) revelaram uma magnitude semelhante ou maior na segurança da vinculação, relativamente a outros determinantes ambientais como o conflito entre os pais (Buehler et al., 1997) ou a exposição a violência doméstica (Evans, Davies, & DiLillo, 2008). De acordo com a teoria da vinculação (e.g. Ainsworth, 1967; Ainsworth, et al., 1978; Bowlby, 1969/1982, 1973), a criança internaliza as representações das interações que estabelece com os principais cuidadores em modelos internos dinâmicos, estando a qualidade destes modelos diretamente relacionada com o modo como as figuras de vinculação são sensíveis às necessidades das crianças em termos de conforto, proteção, carinho e apoio na exploração do meio, bem como à sua disponibilidade e capacidade de responder adequadamente a estas necessidades. Ao longo do desenvolvimento, a criança aplica estes modelos do que é um cuidador e uma relação às novas relações que vai formando. A literatura tem apontado que crianças com uma história de vinculação segura são capazes de desenvolver e manter mais relações de apoio que as crianças inseguras, desenvolvem características da personalidade mais desejáveis, são mais prováveis de exibir formas construtivas de autoregulação e mais competências de resolução de problemas sociais (e.g. Cassidy, Jones, & Shaver, 2013; DeKlyen & Greenberg, 2008; Sroufe, 2005; Thompson, 2016; West, Matthews, & Kerns, 2013). Pretendeu-se com este estudo, primeiramente, estudar a estabilidade da vinculação entre a idade pré-escolar e a infância média, através da Attachment Story Completion Task (Bretherton & Ridegway, 1990) aos 5 anos e da Kerns Security Scale (Kerns et al., 1996) aos 8 e 9 anos. Numa segunda fase, foi avaliado o impacto da vinculação nos resultados desenvolvimentais através da ASCT aos 5 anos, tendo sido utilizada uma bateria de instrumentos aos 8 e 9 anos para avaliação do desenvolvimento socioemocional e académico. Foi privilegiado um método multi-informadores, utilizando dados obtidos junto das crianças e professores. Crianças com um valor de segurança mais elevado nas histórias aos 5 anos apresentaram um valor de perceção de segurança mais elevado à mãe e ao pai no 3º e 4º anos. Foram também encontradas associações entre a segurança da vinculação e resultados mais favoráveis no desenvolvimento socioemocional e académico das crianças no final do 1º ciclo, nomeadamente em dimensões como a timidez/ansiedade, agressividade, assertividade, aptidões sociais com os pares, cooperação, orientação para a tarefa e algumas dimensões do auto-conceito. Assim, apesar da expansão do mundo social da criança na infância média, os dados apontam para uma continuidade da segurança nas relações de vinculação e a relação de vinculação com os cuidadores parece continuar a influenciar as experiências internas e relacionais da criança, incluindo os comportamentos considerados problemáticos. Esta investigação, apesar da necessidade de replicação, traz contributos importantes para a investigação da continuidade da vinculação e extensão dos seus contributos, bem como para o campo da intervenção na comunidade.
  • Attachment representations and social competence in preschool children
    Publication . Fernandes, Marília Solange Ornelas; Veríssimo, Manuela
    From an attachment theory perspective, based on their interactions’ history with the caregivers, children elaborate a mental representation that summarizes their secure base experiences and adapt them to the larger social world (i.e. with peers and other significant adults). This will guide their social strategies (both adaptive and maladaptive). The empirical evidence is consensual, demonstrating positive associations between attachment security (whether assessed as a behavioral organization or as a mental representation) and social competent behavior. However, most of these studies use indirect measures to assess social competence, prevailing a focus on one informant, mostly teachers’ or mothers’ perspectives while father’s perspective on children’s social competence is disregarded These empirical studies aim to contribute to the current state of knowledge about the impact of attachment relationships for the development of social competence in preschool years, emphasizing the importance of using a multiple informant approach. In the first study, in a sample of 369 mother-father-teacher reports, we explored parents’ and teachers’ perception of children’s social competence using the Social Competence and Behavior Evaluation-30 questionnaire and tested for measurement invariance across raters. Using CT-C(M-1), we confirmed a strong agreement between both parents, and only a weak agreement when comparing parents with teacher’ ratings. Results also showed that mothers are in more agreement with teacher than are fathers. We also found that differences between boys and girls are not due to measurement variance. In the second study, in a sample of 82 children and their teachers, we analyzed the contributes of the SBS to teachers’ ratings on child social competence composite, and on externalizing and internalizing behavior composites. Our results indicate that security of attachment representations was positively related with social competence and negatively related with ratings on externalizing behaviors. We also found sex differences in SBS and reported social competence, both favoring girls. In the last study, in a sample of 77 children, we continued exploring SBS relations with children’s social competence by including, not only, indirect teacher’s ratings, but also direct observed measures. Results indicate that having a higher secure base script predicts higher values on both child direct and indirect measured social competence. Sex differences were also found, with girls presenting higher SBS and being rated as more social competent by their teachers. Observers described boys as more social engaged. Taken together, these three empirical studies aim to contribute for the understanding of the relation between attachment relationships and children’s social competence in the preschool group, highlighting the importance of using a multiple informant approach, and exploring sex differences.
  • O desenvolvimento estético e a educação estética e artística: o programa progestart
    Publication . Rocha, Teresa Almeida; Peixoto, Francisco; Jesus, Saúl Neves de
    O desenvolvimento estético é nos primeiros estádios dependente da maturação e posteriormente outras variáveis interferem neste desenvolvimento. A educação estética e artística possibilita a ocorrência deste desenvolvimento. A presente tese pretende compreender em que medida, de que forma e por que processos, o programa de educação estética e artística (ProgestArt), concebido e aplicado, potencializa o desenvolvimento estético e a criatividade. Revimos a literatura evidenciando as principais teorias do desenvolvimento estético, estabelecendo inter-relações entre este domínio desenvolvimental e a experiência estética, a criatividade e as abordagens filosóficas. Por outro lado, realizámos uma análise dos principais programas de educação estética e artística clarificando a sua importância para o ProgestArt que foi suportado nas dimensões que compõe o desenvolvimento estético referidas por Parsons (1987/1992). O primeiro artigo adopta uma metodologia sistemática no domínio do desenvolvimento estético, validando um instrumento de análise deste desenvolvimento e constituindo materiais (duas séries de 4 quadros), que possibilitam serem aplicados na investigação mais fundamental e na investigação-acção. No segundo artigo sustentou-se empiricamente a teoria de Parsons (1987/ 1992), verificando se o desenvolvimento se processa do modo como é referido por este autor e tendo em consideração as faixas etárias que menciona. No terceiro estudo pretendemos compreender em que medida o ProgestArt contribui para o desenvolvimento estético e a criatividade. No decurso do programa centrámo-nos no processo, pela observação e registo das dinâmicas interactivas, que possibilitaram explicar os ganhos no desenvolvimento estético e na criatividade. Discutem-se conceitos centrais da psicologia do desenvolvimento estabelecendo pontes entre este desenvolvimento mais global e o desenvolvimento estético, clarificando os mecanismos e processos por que ocorrem. Discute-se, igualmente, a educação estética e artística clarificando os pressupostos da concepção do programa (ProgestArt) e os principais resultados decorrentes da sua aplicação. Menciona-se algumas implicações para o desenvolvimento estético e educação estética e artística e estrutura-se um novo projecto de investigação, de cariz mais fundamental, sustentado nas lacunas que nos parecem existir no domínio em estudo.
  • Vinculação e modelos internos dinâmicos : Da representação sensorio-motora à representação simbólica
    Publication . Garcia, Filipa Maria Caldeira da Silva; Veríssimo, Manuela
    O presente estudo, baseado na teoria da vinculação de Bowlby/Ainsworth, tem como objetivo geral analisar a continuidade da qualidade da vinculação nos anos préescolares e a sua relação com a qualidade de vinculação educador-criança. Primeiramente, analisámos as associações entre os comportamentos de base segura da criança com a mãe e da criança com o pai e as representações de vinculação nos anos pré-escolares, numa amostra de 71 díades mãe-criança e pai-criança, utilizámos como instrumentos o Attachment Behaviour Q-Set (AQS – versão 3.0 de Waters, 1995), ao Attachment Story Completion Task (ASCT, Bretherton & Ridgeway, 1990) e à Wechsler Preschool and Primary Scale of Intelligence - Revised (WPPSI-R, 1989; versão portuguesa de Seabra-Santos et al., 2003). Os resultados revelam que as crianças utilizam quer a mãe quer o pai como base segura e que a segurança de vinculação experienciada pela criança na infância é representada posteriormente em modelos internos dinâmicos seguros. Em segundo lugar, tentámos perceber quais os processos envolvidos na transição das representações sensoriomotoras para as simbólicas, analisando dois potenciais inputs para a construção, por parte da criança, das representações mentais de vinculação: as representações sensoriomotoras da criança dos primeiros anos de vida baseadas na organização dos seus comportamentos de base segura com o pai e com a mãe e os scripts de vinculação parentais, numa amostra de 64 díades mãe-criança e pai-criança, utilizando como instrumentos o AQS (versão 3.0 de Waters, 1995), o ASCT (Bretherton & Ridgeway, 1990), a WPPSI-R (versão portuguesa de Seabra-Santos et al., 2003) e o Attachment Script Assessment (ASA – Waters & Rodrigues-Doolabh, 2004, manual não publicado). Os resultados obtidos sugerem que a organização dos comportamentos de base segura, na relação com ambos os pais, pode ser prevista a partir do conhecimento tipo script de base segura das figuras parentais e que apenas as representações sensoriomotoras da criança dos primeiros anos de vida baseadas na organização dos seus comportamentos de base segura estão a funcionar como potenciais inputs das representações mentais de vinculação da criança, ao contrário do esperado. Finalmente, analisámos a relação entre a qualidade das representações internas de vinculação das crianças (ou seja, a segurança) e a qualidade das relações educador-criança, numa amostra de 52 crianças e 4 educadores. Utilizámos como instrumentos o ASCT (Bretherton & Ridgeway, 1990), a WPPSI-R (versão portuguesa de Seabra-Santos et al., 2003) e ainda, a Escala de Perceção dos Comportamentos de Vinculação para Professores (PCV-P, Dias, Soares e Freire, 2004). Os dados obtidos mostram que a coconstrução de uma relação de vinculação relevante com um educador na primeira infância é, em parte, função da qualidade da relação de vinculação da criança com as figuras parentais mas também do desenvolvimento verbal da criança. De uma forma geral, os nossos resultados procuram contribuir para a discussão em aberto sobre a construção, por parte da criança, de um modelo integrado do self, participando em duas ou mais relações qualitativamente distintas.
  • Qualidade da vinculação e desenvolvimento social : Mapeamento dos contributos das relações pais-criança para a competência social nos grupos escolares
    Publication . Fernandes, Carla Sofia Rodrigues Dias; Veríssimo, Manuela; Santos, António José
    A teoria da vinculação providencia um quadro teórico de extrema relevância para se compreender a génese da competência social. Os teóricos da vinculação sugerem que a segurança da vinculação potencia a competência social com os pares e um corpo substancial de estudos tem vindo a apoiar esta assunção. A evidência empírica construída nas últimas três décadas de investigação é, assim, consensual ao demonstrar associações positivas entre a segurança da vinculação na infância e diversos comportamentos no grupo de pares que refletem o bom funcionamento social durante o período pré-escolar. A maioria destes estudos utilizou medidas indiretas para avaliar a competência social e medidas de padrões comportamentais para indexar a segurança da vinculação (sendo escassos o que recorrem a medidas representacionais). Na maioria destes estudos predomina, ainda, o foco exclusivo na mãe, encontrando-se o papel do pai deveras negligenciado na investigação desenvolvimental, em particular no que se refere ao seu contributo para o desenvolvimento da competência social das crianças. Adicionalmente, embora seja recorrente a evocação do postulado da teoria da vinculação de que a continuidade dos contributos da vinculação no decurso do desenvolvimento é entendida à luz do papel central dos modelos internos dinâmicos, não foi possível localizar sustentação empírica a este nível. Esta investigação propõe-se a contribuir para o estado atual do conhecimento acerca das implicações das relações de vinculação pais-criança para o desenvolvimento da competência social em idade pré-escolar. No primeiro estudo, analisaram-se os contributos das relações de vinculação para posterior competência social numa amostra de 39 díades mãe-criança e pai-criança, com vista a explorar eventuais contributos partilhados, bem como especificidades que pudessem advir da natureza independente de cada uma destas relações. Os resultados que obtivemos sugerem que ambas as relações de vinculação predizem a posterior competência social das crianças. Verificámos ainda que dimensões específicas de ambas as relações de vinculação parecem contribuir para domínios específicos da competência social das crianças. No entanto, a forma como o fazem parece apresentar não só similaridades, como também particularidades. No segundo estudo, analisaram-se os contributos das representações de vinculação das crianças para a sua posterior competência social, numa amostra de 41 crianças. Obtivemos resultados que indicam que a segurança das representações de vinculação prediz a posterior competência social no grupo de pares, sendo que estes contributos foram evidentes em todos os domínios da competência social. No último estudo, analisou-se a existência de um papel mediador das representações de vinculação das crianças na relação entre vinculação precoce e posterior competência social no grupo pré-escolar, numa amostra de 37 díades mãe-criança. Os resultados encontrados confirmaram a existência de um efeito mediador, indo ao encontro da hipótese derivada da teoria da vinculação de que os modelos internos dinâmicos são os mecanismos subjacentes à ligação entre vinculação precoce e posterior funcionamento social. No seu conjunto, os trabalhos empíricos aqui apresentados procuram providenciar suporte que ajude a mapear os contributos das relações de vinculação para a posterior competência social das crianças no grupo pré-escolar, recorrendo a medidas demonstradas como válidas e abrangentes de ambos os constructos.
  • Segurança dos modelos internos de vinculação, reminiscência pais-criança e o conhecimento emocional das crianças em idade do pré-escolar
    Publication . Rebelo, Ana Sofia Garcia; Veríssimo, Manuela
    O objectivo deste estudo foi verificar se a segurança das representações mentais da relação de vinculação das crianças se correlaciona com um maior conhecimento das emoções, na idade do pré-escolar. Participaram 176 crianças do distrito de Lisboa, com idades entre os 3 e 5 anos. Utilizou-se a escala contínua de segurança do Attachment Story Completion Task e o Teste do Conhecimento das Emoções. Os resultados sugerem que as crianças com modelos internos seguros apresentam um maior conhecimento das emoções, não havendo influência da capacidade verbal. Este estudo sugere que crianças com modelos internos seguros experienciam relações mais calorosas com os seus cuidadores, nas quais é possível partilharem e discutirem experiências emocionais de forma aberta e suportada permitindo que estas apresentem um maior conhecimento emocional.
  • Children’s attribution of emotions in victimization situations : Examination of the happy victimizer task and its relation to children’s moral behavior
    Publication . Menéres, Maria Sofia Seabra Pereira Cabral; Carpendale, Jeremy
    Children’s understanding of emotions in victimization situations has been investigated as a way to study children’s moral motivation. To assess this understanding, researchers have used a procedure known as the happy victimizer task in which children are asked to attribute emotions to victimizers who have performed an immoral action. In the present study I argue that this task is flawed in a number of ways that compromise the validity of the conclusions drawn from this research for the study of children’s morality. Following this critique, I propose an improved version of the task, the anticipated emotions version, in which the story character has not yet performed the immoral action and children are asked about emotions the character might feel. I analyze children’s attribution of emotions in the anticipated emotions version of the task and compare these with their performance on the standard task. In order to investigate possible processes that underlie children’s emotion attributions in victimization scenarios, I also investigate relations among children’s attribution of emotions, their social understanding (i.e., understanding of interpretation and mixed emotions), and their social history (i.e., parental style and number of siblings). Finally, I investigate how children’s emotion attributions are related to their moral behavior. One hundred and forty-four 5- to 8-year-old Portuguese children participated in this study. Results show a developmental shift from the attribution of positive to the attribution of negative emotions in the anticipated emotions version of the task when children attribute emotions to a hypothetical victimizer, and a decline of the attribution of positive emotions when children attributed emotions to themselves as if they were the victimizers. Children also attributed less positive emotions to a hypothetical victimizer in the anticipated emotions compared to the standard version of the task. Attributions of emotions were not related to children’s social understanding or to the assessed aspects of children’s social history. Also, no relation was found between children’s attribution of emotions and behavior. Implications of these results for the study of children’s moral development and moral behavior are discussed and future research is proposed.
  • Promoting the quality of individualized education plan (IEP) and Individualized family service plans (IFSP) goals and objectives
    Publication . Silva, Tânia Carina Boavida Domingues da; Aguiar, Cecília; McWilliam, Robin A.
    Uma intervenção eficaz em intervenção precoce e crucial para que todas as criancas consigam alcançar o seu potencial desenvolvimental e funcional. A ciência do desenvolvimento evoluiu de um modelo centrado na criança para um modelo centrado na família, que suporta o desenvolvimento total de competências e funcionalidades. O mesmo não parece ter acontecido com as praticas ja que as crenças e valores dos profissionais não parecem ser concordantes com as praticas recomendadas. O objectivo deste trabalho e contribuir para a compreensão e disseminação de estratégias que permitam diminuir o hiato existente entre a teoria e a pratica, através de uma formação em Intervenção Precoce Baseada nas Rotinas (IPBR; McWilliam, 2010). Com base no primeiro estudo, que avaliou a qualidade dos objectivos dos programas educativos individuais (PEI) em Portugal e produziu conhecimento inovador e consistente com estudos anteriores e posteriores que demonstravam que tanto os PEI como os planos individuais de intervenção precoce (PIIP) incluíam objectivos de baixa qualidade, desenvolvemos uma formação assente na IPBR. Esta foi projectada especificamente para melhorar a qualidade dos objectivos dos PEI e dos PIIP e diminuir o seu numero excessivo. O segundo estudo fundamenta e descreve, em detalhe, a formação projectada, permitindo futuras replicações, e apresenta os resultados na melhoria dos objectivos de 80 profissionais. A entrevista baseada nas rotinas (EBR; McWilliam, 2005) e uma parte fundamental da IPBR e, como tal, teve um foco especial ao longo da formação. A ferramenta mais importante no ensino da EBR foi a lista de verificação da EBR (Rasmussen & McWilliam, 2010), cujas propriedades psicométricas foram investigadas no terceiro estudo. Por fim e no ultimo estudo, centramo-nos novamente na eficácia da formação e investigamos (a) a validade social, (b) os outcomes a médio prazo da eficácia da formação com inclusão de uma condição de controlo e (c) as variáveis associadas ou explicativas das mudanças na qualidade dos objectivos. Os nossos resultados contribuíram para o campo da intervenção precoce, e especificamente da IPBR (e.g., Hwang, Chao, & Liu, 2013; McWilliam, et al., 2009). Isto porque corroboraram e adicionaram evidencias sobre a eficácia da formação nas praticas recomendadas e baseadas na evidencia (e.g., Campbell & Halbert, 2002; Jung & Baird 2003). Também encontramos suporte para (1) a eficácia da nossa formação na promoção de objectivos de qualidade nos PEI e nos PIIP, (2) o papel central da EBR neste processo, e (3) a fiabilidade da lista de verificação da EBR como um instrumento de implementação. A realização deste estudo permitiu dar esta formação, que se revelou eficaz, a mais de 200 profissionais, trabalhando com cerca de 40% das Equipas Locais de Intervenção (ELI) da área de Lisboa e Vale do Tejo, onde vive, aproximadamente, 35% da população de Portugal continental.
  • As relações entre pares de jovens adolescentes socialmente retirados
    Publication . Correia, João Carlos Verdelho; Santos, António José
    Pela primeira vez, na realidade nacional, procurou estudar-se o fenómeno da retirada social na adolescência, isto é, da remoção própria, recorrente e consistente da interação social com os pares. Com base em amostras retiradas de um projeto de investigação longitudinal ainda em curso, procurámos atingir três grandes objetivos: validar um instrumento que permita a sua correta avaliação; caracterizar as relações sociais destes jovens, quer com o grupo de pares, quer com os seus melhores amigos; e, finalmente, analisar a influência de diferentes trajetórias desenvolvimentais de retirada social e de diferentes padrões de amizade no ajustamento psicossocial destes indivíduos ao longo de um ano. Os dados foram recolhidos com base em 3 instrumentos: o Extended Class Play (Burgess, Rubin, Wojslawowicz Bowker, Rose-Krasnor, & Booth-LaForce, 2003) — que permite captar as avaliações que os pares fazem do comportamento, funcionamento e reputação sociais dos colegas —, as Nomeações de Amizade (Bukowski, Hoza, & Boivin, 1994) e o Friendship Quality Questionnaire (Parker & Asher, 1993) — destinado a aceder às perceções que os sujeitos têm de vários aspetos qualitativos da sua melhor amizade. Uma Análise Fatorial Confirmatória permitiu concluir que o modelo hexafatorial do ECP revelou uma boa qualidade de ajustamento global e local, bem como fiabilidade compósita e validade fatorial, convergente e discriminante e, ainda, boa adequação para género e idade. No que diz respeito às relações sociais, verificámos que os jovens socialmente retirados eram descritos pelos pares como sendo significativamente mais isolados, excluídos e vitimizados, mas também mais prosociais do que os seus colegas. Por outro lado, não diferiam destes no número, nem na qualidade de amizade relatada, ainda que tendessem a ter amigos significativamente mais isolados e excluídos, bem como menos agressivos do que os adolescentes do grupo de controlo. Finalmente, observámos que os adolescentes, que no decurso de um ano deixam de ser considerados pelos pares como retirados, são significativamente menos retirados e excluídos num segundo momento avaliativo do que os que continuam ou passam a sê-lo, mesmo controlando os níveis iniciais destas dimensões. Por outro lado, os sujeitos sem amigos em nenhum dos momentos avaliativos considerados são mais excluídos e vitimizados, bem como menos prosociais do que os que têm sempre um amigo recíproco. Os resultados serão discutidos à luz do que tem sido reportado na literatura, refletindo-se sobre as dificuldades sociais que os jovens retirados enfrentam, bem como sobre o possível efeito protetor da participação numa melhor amizade.